segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Capítulo 5: Valentine Day - Inicio de Uma Guerra


Sai dali aliviada e preocupada ao mesmo tempo. Quando a Jê souber ela vai me matar, ou vai abrir aquele sorriso de gentileza que me deixa apavorada.  Fui para a porta do ginásio e ela estava saindo. Eu fiquei branca de pavor e ela disse:
- Que foi Euphi? Parece que viu um fantasma!
- Castiel me beijou! – acabei falando de tão apavorada que estava.
- Como é que é?!- falou ela com a voz surpresa e levemente zangada. Pegou meus ombros e começou a me chacoalhar: - Conta logo como isso aconteceu!
Contei e ela ficou boquiaberta e ao mesmo tempo feliz. Boquiaberta por causa do jeito que ele me beijou e feliz porque ele a observava.
- Você não correspondeu o beijo, correspondeu?
- Mais ou menos. Se eu correspondesse ele acharia que eu gosto dele, mas ao mesmo tempo não podia ficar como uma morta de boca aberta, né?  - ela começou a rir e vi que não estava tão zangada comigo.
Tudo resolvido comigo e com a Jê, Jade e Castiel. Agora precisava me vingar de Nathaniel. Antes de ir embora procurei pelo Ken-radar, afinal ele sabia de todo mundo da escola. Eu o encontrei pegando suas coisas no armário e com a cara mais sedutora do mundo que até assustou a Jê eu disse:
- Ken-kun... posso lhe pedir um favor? – ele corou na hora e limpou os óculos na blusa.
- Eu devo está tento alucinações. – eu respirei fundo antes de gritar por causa de sua idiotice e perguntei:
- Você sabe o que o Nathaniel-senpai gosta?
- Por quê? Vai dar algum presente de dia dos namorados?
- Dia dos namorados?
- É amanhã Euphi você se esqueceu? – indagou Jê.
Ah! Claro! O dia que eu joguei no mais profundo abismo.  Onde desperdiçamos nosso dinheiro para comprar coisinhas para nosso amado e ele nos jogar fora depois. Sem falar dos presentes gregos que eles nos dão, pois acham que gostamos realmente daquilo. E sem dizer também das pobres meninas solteiras que passam o dia dos namorados sozinhas e todo ano faz questão de contar.  Mais um ano sem namorado, blá!
- Não vou comprar nada! – briguei como se alguém estivesse me acusando. – Só quero saber mais sobre ele, não posso?
- Bom... ele gosta de livros... de gatos... de roupas de marca...  – dizia enquanto empurrava os óculos no nariz.
- É o que não gosta?
- Ah! Ficar mal arrumado... brigas... doces...
- Ele não gosta de doce é?
- Pouca coisa sim... eu acho... mas muito doce... creio que não.
“Isso é perfeito para minha vingança!”  - uma aura negra começou a sair de mim assustando-os, mas logo me controlei.
Fomos embora para o apartamento para almoçar e quando estava dobrando a esquina vi um gato cinza miando e agachada o chamei.
Muita corrida e arranhadas depois...
- Esse gato vai ficar aqui? – perguntou a Jê olhando o gato arranhando o seu lençol da cama. Sua cara era de preocupada.
- É só até amanhã, sua boba. – disse sorridente.
- Você anda estranha Euphi!
-  Não se preocupe. Tudo para conquistar o Nathaniel! – mentira!
- Ah! Fico feliz! Você realmente gosta dele!
Se ele pagar pelo o que me fez passar na frente de todos, eu usarei todas as minhas armas contra ele nesse momento eu quero desmascará-lo na frente de todas! Que Nathaniel não é nenhum anjinho!
Enquanto eu dava a minha risada diabólica, Jê ficou assustada com minha atitude e no que eu estava pensando.
Dia seguinte hora de colocar meu plano em ação. Dia dos namorados o início de uma guerra. Nathaniel ou você vai mostrar quem você é ou vai se apaixonar por mim de verdade!
Coloquei meu vestido preto que guardava para eventos especiais, uma boina marrom com uma flor de pano, cachecol e cinto combinando com a boina, meias-calças rosa e uma bota preta de cano longo, pois o dia esfriou de repente naquele dia. Passei um pouco mais de maquiagem naquele dia. Jê foi de calça preta, blusa branca com uma caveira no centro e um casaco listrado de capuz e bota de cano curto.
Peguei o maldito gato que fez cocô escondido debaixo da minha cama e aquele cheiro horroroso empreguinho o quarto e o coloquei no colo. Só você mesmo para gostar de gatos Nathaniel! E assim fomos para a escola com o meu plano armado.
Assim que chegamos vários olhares viraram para nós. Fiquei surpresa com a decoração, pois parecia uma festa.  Até Jade estava bem vestido que eu fiquei chocada.


 - Tudo bem, Euphi?
Eu estava corada e babando litros e litros ao vê-lo daquele jeito. Jamais imaginei que um simples jardineiro usaria roupas como aquela! Meu coração disparou igual a um foguete querendo sair pela minha boca. Saiu sangue pelo meu nariz e uma aura branca iluminava meu corpo!  Como diz a Jê vomitando arco-iris. Até Jê ficou surpresa e sussurrou no meu ouvido:
- Ele está um gatão!

 Apenas olhei para ela, pois ele se aproximou. Olhou para mim e fixou os olhos no gato indagando:
- Você gosta de gatos Euphi? – eu fiquei embaraçada na mesma hora e disse:
- Bem... eu gosto de animais, acho eles tão interessantes. E esse achei perdido, vou perguntar para o Nathaniel-senpai se pode cuidar dele.
Quando Nat ouvi seu nome ele levantou a cabeça ficando ereto, pois falava com uma das meninas que o rodeava. Ele olhou pra mim de cima a baixo e quando viu o gato seu rosto parecia de uma criança.
- Bom dia Euphi-chan! – exclamou com seu sorriso simpático pavoroso e deslizando entre as meninas veio falar comigo.
- B-bom dia Nathaniel-senpai.  – sei que ele tem a mesma idade que eu, mas é veterano naquela escola, também o chamo assim com mais respeito na frente dos outros. Ele se aproximou e com os olhos brilhando olhado para o gatinho disse: - Você o encontrou faminto, Euphi-chan?
- S-sim. – gaguejei de novo. Como ele consegue ser tão gentil desse jeito! – Eu o trouxe para cuidarmos dele.
- Sim! – exclamou mais feliz ainda colocando a mão por trás da cabeça. Ele mordeu a isca!
- Que bom que ficou feliz. Então toma. – disse pegando o gato pela pele solta do pescoço e o entreguei para Nat quase o jogando. Estava doida pra me livrar daquele monte de pelos. Fique me estapeando toda até tirar os pelos que mais grudavam que velcro.
- Oh! Você é fêmea vou lhe chamar de Nyan-chan! – exclamou esfregando o rosto no odioso gato. Nossa! Que nome original!
Assim que Nathaniel se aproximou eu senti o clima ficar bem tenso com Jade e olhei para ele rapidamente. Sua cara era séria e seu olhar desafiador. Passou a mão pelos meus ombros pousando do outro lado, como quem dizia: “Ela é minha!” Mas Nat estava tão deslumbrado com o gato que nem notou aquela atmosfera negra.
- Obrigado Euphi-chan! Belo presente de dia dos namorados!
-Hã? Isso não é um presente não! – exclamei e ele saiu andando com o gato no colo. Olhei para Jade de novo e ele olhou pra mim. Sua mão no meu ombro tremia de fúria e eu fiquei curiosa em saber o que o Nat fez pra ele. – Está tudo bem, Jade-kun? – ele fez cara de surpreso e desconversou:
- Claro Euphi-chan! – exclamou sorrindo me chamando igual ao Nathaniel. Ué? Jade tinha tanta confiança em si mesmo quando Castiel me beijou, mas com Nathaniel ele fica alterado. Por quê?

Enquanto eu vi Nat se afastar prestei mais atenção na decoração. Barraquinha em volta do pátio com comida e brincadeiras, balões em forma de coração rosa e vermelho, buques de rosas vermelhas e rosas também espalhadas para todo lado. Andei mais para o centro e encontrei os olhos felinos de Castiel. Como sempre isolado encostado na parede, com os braços cruzados. Meninas viam falar com ele. Algumas ele tratava bem e outras simplesmente virava a cara.
Nat logo voltou se sacudindo para se livrar dos pelos. Suas roupas dizia que estava de terno, mas sem o paletó. Eu não sabia que tínhamos que vir tão arrumados para o dia dos namorados. Ainda bem que eu me vesti melhor para a minha vingança.
Ele subiu no tablado e falou no microfone:
- Bom dia a todos! Como representante e veterano dessa escola venho fazer a abertura oficial do dia dos namorados. Quem trouxe seu presente e não tem medo de entregá-lo pessoalmente podem fazer isso imediatamente. Quem tem eu e mais dois representantes um de cada ano, iremos está sentados em mesas no corredor para entregá-lhes as cópias das chaves dos armários. Façam fila, assinem uma ficha, peguem a chave, abre o armário, coloque o presente, tranque-o e devolva para o responsável. Agora a diretora irá falar com vocês.
-É com muito orgulho que a escola Sweet Amoris vem proporcionando esses eventos. Vocês sempre serão bem -vindos e não esqueçam das regras gerais da escola. Estamos aqui para ensiná-los sobre o amor. Ele não é um sentimento e sim uma escolha em que fazemos. Sei também que existem mais moças que rapazes aqui. Essa escola não é obrigada a se envolver em assuntos amorosos caso isso ocorra. Também não somos responsáveis se alguém aqui se ferir. Portanto se acontecer realmente um relacionamento entre vocês a competência e responsabilidade são suas. Evitem de brigar, pois já sabem da punição. Agradeço pela atenção de todos e bom evento!
Assim que a diretora terminou de falar começou o alvoroço de meninas correm para o corredor para colocar os presentes nos armários. Jade se aproximou de mim e chamou-me para perto do jardim.
-Euphi-chan, quero que aceite esse presente de todo o meu coração. - disse com uma voz doce e tirou do bolso do casaco um saquinho de presentes. Tinha o tamanho de uma caneta e eu já imaginei que seria alguma bijuteria. Não digo isso desmerecendo-o, mas não podia esperar muita coisa dele. Assim que toquei no saquinho senti que era um cordão ou algo assim. Abri e puxei-o para fora. Era uma correntinha dourada, o pingente era um pequeno coração com uma pedra verde. Fiquei olhando detalhadamente e vi uma fina tira perto do fecho onde o criador da peça coloca sua iniciais GT ( Ginza Tanaka – um joalheiro que criou bonecas de 24 quilates recentemente) e do outro lado tinha 4k indicando que aquela peça era de ouro de 4 quilates.
-O quê! - gritei espantada por ele ter me dado uma jóia e não uma bijuteria. - Isso é ouro Jade?
-Sim. - respondeu sorrindo de olhos fechados e corando. Eu fiquei passada! Como assim?! E completou – Pensei em lhe dar uma pedra Jade para se lembrar de mim, mas como não é uma pedra preciosa eu pedi para fazer com Esmeralda já que as cores são parecidas.
-E-esmeralda! Isso aqui é uma esmeralda! - exclamei gaguejando mais passada ainda, pois vi em um documentário que a esmeralda é a 3ª pedra mais preciosa do mundo, perdendo para o rubi que é o 2º e o diamante que é o 1º.
-O que foi Euphi-chan? Não gostou do presente? - indagou preocupado ao sentir minha aura negra e eu caída no chão chocada.
-E-eu adorei! - exclamei gaguejando exageradamente, pois eu não conseguia acreditar que um jardineiro compraria ou mandaria fazer algo do tipo.

- Posso colocar o cordão? – indagou estendendo a mão e eu entreguei a ele. Tirei o cachecol do pescoço e afastei o meu cabelo. Jade veio para trás de mim e colocou o cordão arrumando meus cabelos no lugar. Enrolei o cachecol e coloquei dentro da sacola verde escuro de náilon que carregava. Tirei um saco vermelho com fita dourada e entrei para ele virando-me.
- Pra mim? – exclamou surpreso. –Não precisa Euphi-chan! – ficou sem graça, mas logo abriu o presente. Era uma boina xadrez e verde e marrom que combina com qualquer roupa. Pela sua carinha ele adorou e me abraçou com força surrando em meu ouvido: - Obrigado meu amor. Eu corei na mesma hora. Ele abraçou-me pela minha cintura cruzando as mãos na minha barriga. Deu-me certo desconforto, sei lá, acho que é porque não estou acostumada. Jennaah não parava de olhar para o Castiel e disse-me que iria para a fila do armário. Algumas meninas nos olhavam e torciam a cara por ele ter me escolhido. Eu fiquei na minha, pois não queria encrenca. Fui ver as barraquinhas com ele, sempre segurando minha mão como se realmente fossemos namorados e por conta disse indaguei:
- Somos namorados, Jade-Kun? – ele ficou surpreso ao ouvir a minha pergunta e confuso também.
- Pra mim sim... pra você, não é?
- É que eu... não lhe conheço muito bem... sabe?
- Estou indo rápido demais, não é?
- Um pouco... – ele ficou sem graça e pediu desculpas. – Não fique chateado, tá bom? – pegou na minha mão de novo e saiu me puxando para fora da escola. – Jade-kun! Para onde você está me levando?
- Quero ficar um pouco a sós com você! – exclamou sorrindo correndo e me puxando olhando nos meus olhos. Claro que fiquei um pouco assustada, mas o que eu poderia fazer me puxando desse jeito! Fomos para uma praça ali perto e Jade parou em um banco. Disse para sentar-me e fez o mesmo logo em seguida. – Estou lhe apavorando, Euphi?
- Um pouco, mas ao mesmo tempo eu me sinto segura quando estou com você. – confessei-me.  O que eu estou dizendo? Não posso ceder aos encantos de um rapaz assim tão facilmente. A única coisa que ele fez foi sorrir.
- Sei que ficou surpresa por eu lhe dar uma joia e pensou: - “Como um simples jardineiro pode me comprar algo tão caro”? – “Nossa! Ficou tão evidente assim”? –Então eu lhe chamei aqui para lhe contar quem eu sou na verdade. 
Eu não poderia acreditar no que eu estava prestes a ouvir, mas respirei fundo e esperei ele falar:
- Meu nome é Jade Midori...
- Peraí... da família Midori, o grande agropecuarista que morreu queimado no seleiro?
- Esse mesmo. Não sabia que era tão famoso além dessa cidade! – exclamou ele.
- Mas isso aconteceu tem uns 3 anos e foi capa de jornal... então você é o herdeiro?
- Sim... – respondeu suspirando e fazendo uma cara de dor. Eu estava na frente de uma das pessoas mais bilionárias do Japão! Eu realmente fiquei chocada. – E é por isso que preciso ver as coisas que meu pai me deixou. Meu contador me ligou esses dias e pediu para que eu vá resolver alguns problemas. Ser jardineiro nessa escola foi apenas um disfarce para descansar um pouco, mas agora não posso mais fugir...
Eu não podia dizer nada, estava tão surpresa que quase desmaie de susto! E ele continuou:
- Por isso que eu lhe chamei aqui, Euphi... para que saiba quem eu sou de verdade.
- Por que você já quer namorar logo comigo? – ele não gostou muito da pergunta. Ficou uma pergunta meio ambígua, mas eu não gostava da pressa dele.
- Desculpe... acho que é pressão social... e também... porque eu gosto demais de você Euphi. – confessou me abraçando. Eu corei, mas discordei dizendo:
- Mas você só me conhece há alguns dias! Como você pode gostar tanto assim de mim? – eu lutava contra qualquer sentimento que invadisse o meu coração, só para não sofrer novamente.
- Então... deixe-me lhe conhecer melhor... – disse sussurrando e meu ouvido. Aquilo fez meu coração pulsar com força, algo que eu não queria. Ele passou a mão em meus cabelos voltando a posição normal finalizando o abraço. Depois acariciou na minha face e quando se aproximou para me beijar eu virei o rosto e levantei-me. Coloquei a mão no meu coração que pulava alucinado. Jade não entendeu minha atitude e com isso levantou-se e ficando atrás de mim abraçou-me com força. – Por que foge Euphi? Você tem medo de amar?
Aquela pergunta foi igual a uma facada no meu peito. Como tivesse aberto uma ferida que havia fechado há muito tempo. Dei uma estremecida e ele entendeu, se afastando e sentando no banco novamente. Virei para vê-lo e seu rosto era de desapontado. Ao mesmo tempo em que eu queria fugir, eu queria ficar. Sentei ao seu lado um pouco sem graça e ele olhou pra cima procurando algo para falar.
- Eu gostaria de ouvi-la, Euphi... – “Ah, não! Ter que mexer nessa ferida de novo”!  Relutante eu comecei a contar:
- Há oito meses eu ainda estava na oitava série e comecei a gosta de um menino. Ele tinha 17 anos quase à mesma idade sua e já terminava o segundo grau. Começamos a namorar, mas ele nunca procurou me agradar e sempre a fazer suas vontades. E eu sempre cedia para que ele fizesse as minhas... Às vezes até fazia depois de insistir muito.  Dizia que me esperaria completar a maior idade para a gente casar. Então um dia ele terminou comigo sem dizer os motivo... dizia que ele não me merecia e coisa do tipo até que eu descobri que ele se interessou por outra que tinha 18 anos. A partir desse dia eu jurei para mim mesma que nunca mais iria amar novamente.
- Que cara mais imaturo, egoísta e mimado! – exclamou Jade fechando o punho como querendo socá-lo. – Mas você não pode se fechar assim... Euphi... e também não pode generalizar...
- Já tive vários relacionamentos fracassados... e eu não sei o motivo. Não sei se sou boazinha, ou mandona ou sei lá... – ele me cortou com um beijo que me assustou segurando o meu rosto.
- Eu não vou lhe perder... – falou encostando a cabeça no meu ombro deixando a boina cair no banco.
 Quanto mais eu o evitava, mais ele insistia. Então parei de fugir. Deixei ele me abraçar com muita força e de repente seu celular tocou. Atendeu com o rosto preocupado e depois desligou apenas dizendo:
-Entendo... - ele olhou para mim com um suspiro bem forte falou um pouco triste. - Não posso ficar para a festa, Euphi. Tenho que resolver algumas coisas, mas amanhã nos veremos, tá bom?
-Tudo bem. - respondi com um sorriso de encorajamento pegando sua boina e colocando em sua cabeça. Levantou estendendo a mão e eu a segurei. Voltamos para a escola de mãos dadas. Jade se despediu com um beijo em meu rosto e foi embora. Assim que entrei Jennaah veio falar comigo um pouco brava:
-Onde você estava? Eu te procurei em todos os lugares!
- Jade veio conversar comigo em particular. - respondi preocupada. - E então... entregou o presente? - indaguei curiosa e mudando de assunto.
-Sim! Deixei no armário dele! Nathaniel-senpai disse que o pessoal só pode ver o armário na hora de ir embora.
-Legal! - exclamei feliz por ela. - Então vamos nos divertir nessa festa Jê!
-Ah, é isso aí! Nada de ficar pra baixo!
Assim que eu me virei dei de cara com Nathaniel que estava parado. Se ele estava alí, todos já devem ter colocado seus presentes. Ele estava com um presente na mão a embalagem era um rosa choque brilhante e quando seus olhos pousaram no meu cordão ele ficou branco e tratou de esconder o presente.
-Isso é pra mim Nathaniel-senpai? - indaguei querendo ver o presente que escondia.
-N-não é não Euphi... - gaguejou sem graça abanando a mão negando. Rapidamente estiquei o meu braço e o puxei. Ele ficou muito sem graça: - Euphi!
Ignorei o seu apelo e abri o presente. Era um livro “Memórias de uma Gueixa”. Eu já tinha visto o filme que era lindo, mas nunca li o livro. Abri um enorme sorriso de agradecimento o deixando muito mais sem graça:
-Obrigada Nathaniel- senpai! Essa é uma história muito lindo.
-V-você gostou? - indagou corado. - Não é nenhum cordão de ouro e esmeralda, mas é o meu romance romântico favorito. - “Hã? Ele sabe que o meu cordão é uma joia! Então deve conhecer bem de joias.
-Aquele gato não é o seu presente não! - frisei, pois Nat gostou tanto do gato.
-Ah, não! - exclamou com um sorriso gentil. - Então você vai dar meu presente agora?
-V-vou... - gaguejei. - Mas gostaria de ir para um lugar mais reservado. - pedi e ele pegou na minha mão puxando-me em direção a escola. Para onde ele estaria me levando?
Logo percebi para onde eu estava indo. Nathaniel levou-me para a sala de representantes. Entramos e quanto eu ficava parada ele trancou a porta me assustando.
-Pronto... agora ninguém irá nos incomodar. - falou com a voz um pouco série e eu me virei para olhá-lo deparando-me com seus olhos mel sensuais.

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